Eu sou Anastácia - história de uma rainha
Autoras: Lucinete Ferreira / Lêda Dias 
 
Anastácia desponta nos anos de 1960 com uma contribuição muito própria como compositora e intérprete. Um toque delicado e carinhoso no modo de dirigir o seu olhar romântico sobre temas típicos do cancioneiro do Nordeste deu a Anastácia um lugar singelo dentre as moças nordestinas da canção. Eu mesmo tive a oportunidade de recriar duas de suas maravilhosas canções com as gravações de Eu só quero um xodó e Tenho sede, em parceria com Dominguinhos, seu mais importante colaborador. Essas canções são preciosos exemplares da bela contribuição de Anastácia à canção romântica do gênero nordestino. Eu sei o sabor que tem cantar Anastácia, e sei o prazer que nossa gente tem em escutar suas canções.
 
Gilberto Gil
 
 
“A vida de Anastácia é uma história de amor, revelado com toda a paixão e com a leveza de quem se despe para dar e receber carícias. Nesta sua biografia, nem sempre a vida lhe reservou carícias, e para isso ela revelou outro sentimento, tão forte quanto o amor: a coragem. Coragem de perceber os tempos; tempos de chuva e tempos de seca; tempos de amar e tempos de odiar; temp os de semear e tempos de colher; tempos dos opostos e de reconciliação. Lêda Dias foi precisa nesta questão, ao ouvir e traduzir os depoimentos de Anastácia, pois esta é a história de uma vida reconciliada consigo mesma. Anastácia, aqui, reencontra-se com a moça Anastácia e as duas, abraçadas, parodiando os versos da música Magnitude humana, reconhecem a vida com coração de menina, voz de mãe amiga e olhar de avó.”
 
Jose Mario Austregésilo